Notícias
- Jenny Flores
Mesa redonda sobre cooperação científica e políticas públicas
Com o objetivo de fortalecer os laços entre ciência e política, quatro especialistas compartilharam experiências-chave sobre como aproximar o conhecimento científico aos processos de governança na América Latina e no Caribe, durante uma mesa redonda realizada no âmbito do curso "Ciência para políticas públicas: estratégias de diplomacia científica e aconselhamento científico", em Montevidéu, Uruguai.
O diálogo sobre "Instrumentos de cooperação na região para assessoria científica" focou a cooperação científica e seu papel fundamental no desenho de políticas públicas. RedCLARA fez parte desse espaço, que reuniu especialistas de várias instituições comprometidas com a promoção da ciência como ferramenta para o desenvolvimento sustentável na América Latina e no Caribe.
O evento foi moderado por Lorenzo Melchor, consultor do Escritório Nacional de Assessoria Científica (ONAC) da Espanha, e contou com a participação de Mary Fernández, oficial de Cooperação e Relações Internacionais da RedCLARA. Durante sua palestra, Fernández explicou o trabalho da rede regional avançada no fortalecimento da colaboração entre instituições científicas, na melhoria da conectividade acadêmica e no apoio à geração de políticas públicas baseadas em evidências. Destacou, o impulso a plataformas e alianças que facilitam o uso da ciência na tomada de decisões, além de sua contribuição para o desenvolvimento da ciência, educação, tecnologia e inovação na região através da articulação, conexão e fortalecimento de suas redes nacionais de pesquisa e educação.
No evento, também participou Viviana Mezzetta, da Agência Uruguaia de Cooperação Internacional (AUCI), que compartilhou sua experiência sobre como integrar a ciência na cooperação para o desenvolvimento; Claudia Romano, do Grupo de Trabalho da CELAC sobre Infraestruturas de Pesquisa, que ofereceu uma visão dos marcos de colaboração regional; e Maria Esther Cruells, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Cuba, que destacou a importância dos consórcios internacionais na formulação de políticas públicas informadas.
Durante a conversa, os palestrantes compartilharam exemplos de projetos de pesquisa que têm impacto nas políticas públicas e discutiram estratégias para melhorar o vínculo entre ciência e governos. Além disso, abordaram temas como a necessidade de capacitar mais pessoas na diplomacia científica, identificar prioridades comuns e promover a colaboração entre atores-chave da região.
Esse diálogo evidenciou que, diante de desafios como a mudança climática, as pandemias ou a transformação digital, é cada vez mais urgente integrar o conhecimento científico no processo decisório. Fazer isso permite projetar políticas públicas mais eficazes, centradas no bem-estar das pessoas.